domingo, 26 de setembro de 2010

Entrevista ao jornal Correio de Uberlândia

Mineirinho defende o casamento gay
Candidato promete lutar pelo preconceito e diz que entrou na disputa para ajudar o seu partido, o PSOL.

A luta contra o preconceito e a defesa pela legalização do casamento gay no Brasil são as principais propostas de Waldeir Fernandes da Silva, conhecido como Mineirinho, candidato ao Senado pelo PSOL.

Em entrevista ao CORREIO de Uberlândia, por telefone, o microempresário com domicílio eleitoral em Montes Claros, Norte do Estado, disputa sua primeira eleição e disse que sua candidatura é uma forma de fortalecer o partido para os próximos pleitos. A entrevista encerra a série de reportagens publicadas desde terça-feira com os candidatos ao Senado por Minas Gerais de partidos com representação na Câmara dos Deputados.

CORREIO: Quais são as suas propostas, caso seja eleito?

Meio-passe para estudantes, reforma agrária e lutar contra o preconceito. Lutar contra a homofobia e a favor do casamento gay, como aconteceu na Argentina. O casamento, em si, é um contrato. Quanto ao casamento religioso, tudo bem, eu respeito as religiões, mas o que aconteceu na Argentina, poderia acontecer no Brasil.

O que leva uma pessoa que nunca se candidatou a nenhum cargo eletivo pleitear ser um senador da República, um cargo tão concorrido e na maioria das vezes ocupado por políticos experientes?

Nunca quis ser candidato. Fui fundador do PT, mas saí do partido e agora, no PSOL, eles entenderam que o melhor nome para o Senado seria o meu e me tornei candidato. Sou candidato para tentar ajudar o partido.

O PSOL é o partido que mais lançou candidatos a governador no Brasil e entra para as eleições em Minas com a chapa majoritária completa, contando com dois candidatos ao Senado. Isso é uma forma de promover o nome de partido?

Pretendo ganhar as eleições. Quando a gente entra, tem uma militância que vai pra rua fazer campanha. Eu quero ser senador porque não concordo com nada que acontece, principalmente em Minas Gerais, as mentiras que o pessoal fala. É difícil entender como, em algumas grandes cidades de Minas Gerais, não tem meio-passe para estudantes.Está só no papel, e nada de colocar em prática. Já falaram que iriam fazer e nada fizeram. O único Estado onde não avançamos ainda é em Minas. Só conseguimos fazer um vereador em Poços de Caldas (sic). Então, para a gente é difícil. A intenção é fortalecer o partido para as próximas eleições.

Na sabatina do candidato ao governo de sua chapa Luiz Carlos Ferreira, ele falou sobre reestatizar algumas empresas privadas. O que você pensa em relação a isso?

Eu sou a favor, a empresa tem que voltar a ser do Estado. Essa privatização que o governo tucano fez e o governo Lula complementou é um absurdo. Os caras vêm aqui só para tirar as riquezas de Minas e vão embora.

Até agora, quanto você arrecadou para sua campanha?

Foram R$ 1,3 mil.

Como competir com candidatos que têm campanhas milionárias?

A minha campanha é por meio da militância. Distribuímos santinhos, e o compromisso que terei é com os movimentos sociais. Não aceito doação de qualquer um. Só de quem realmente a gente sabe quem é. Quem recebe doações milionárias fica com o rabo preso.

Dá para fazer campanha com 25 segundos na TV?

Dá. Tudo pra gente é difícil, fazemos campanha de ônibus, a pé.

Sendo desconhecido, espera ganhar votos no Triângulo Mineiro?

Sim, temos um trabalho aí do MTL e da outra candidata ao Senado, a Marilda. São duas vagas para senador. Espero que as pessoas votem em nós dois. A minha campanha é juntamente com a dela. Quem vota em mim vota nela também, já que defendemos as mesmas lutas.

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